O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), apontado como líder de um esquema de corrupção que desviou milhões em emendas parlamentares, ficou em silêncio durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (28).

Réu em ação penal junto com outros sete acusados, incluindo os deputados Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE), Maranhãozinho preferiu não responder às perguntas do juiz auxiliar responsável pelas oitivas. A justificativa apresentada por sua defesa foi a alegação de que não teria tido acesso a todas as provas utilizadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Enquanto Josimar se calou, o deputado Pastor Gil decidiu falar e negou as acusações. As defesas de alguns réus tentaram adiar os interrogatórios, mas o relator do caso, ministro Cristiano Zanin, rejeitou os pedidos e manteve as oitivas.
Segundo a PGR, Josimar coordenava o envio das emendas e utilizava o agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan — assassinado em 2024 — para cobrar propinas de até 25% sobre os valores destinados. O processo segue para a fase final.
