Josimar de Maranhãozinho se cala em interrogatório no STF sobre desvio de emendas

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL-MA), apontado como líder de um esquema de corrupção que desviou milhões em emendas parlamentares, ficou em silêncio durante seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (28). Réu em ação penal junto com outros sete acusados, incluindo os deputados Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE), Maranhãozinho preferiu não responder às perguntas do juiz auxiliar responsável pelas oitivas. A justificativa apresentada por sua defesa foi a alegação de que não teria tido acesso a todas as provas utilizadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Enquanto Josimar se calou, o deputado Pastor Gil decidiu falar e negou as acusações. As defesas de alguns réus tentaram adiar os interrogatórios, mas o relator do caso, ministro Cristiano Zanin, rejeitou os pedidos e manteve as oitivas. Segundo a PGR, Josimar coordenava o envio das emendas e utilizava o agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan — assassinado em 2024 — para cobrar propinas de até 25% sobre os valores destinados. O processo segue para a fase final.

Rombo de R$ 12 milhões deixa Pinheiro em situação crítica

A cidade de Pinheiro, na Baixada maranhense, enfrenta uma grave crise financeira herdada da gestão anterior. Sob o comando do ex-prefeito Luciano Genésio, foi deixado um déficit de quase R$ 12 milhões referente à folha de pagamento de dezembro. Para piorar, o saldo em caixa, de pouco mais de R$ 1 milhão, está bloqueado pela Justiça. O valor do rombo foi detalhado em uma Ação Civil Pública apresentada pela Procuradora-Geral do Município, Herlinda de Oliveira Vieira, à 1ª Vara de Justiça de Pinheiro na última segunda-feira, 20. O pedido solicita o desbloqueio de R$ 1.285.943,22 para que a Justiça oriente como utilizar esse recurso, priorizando o pagamento dos servidores municipais. A administração atual, liderada pelo prefeito André da Ralpnet, tem enfrentado o desafio com seriedade. André destacou a importância de atuar com transparência para resolver a situação. “Estamos trabalhando para reorganizar as finanças da nossa cidade, mas precisamos que a Justiça e a população cobrem a responsabilidade por esse rombo”, declarou. O bloqueio dos recursos foi determinado no ano passado, após indícios de intenções irregulares da gestão anterior. Luciano Genésio não realizou o processo de transição de governo, dificultando ainda mais a organização financeira da Prefeitura. Enquanto a Justiça analisa o pedido, os servidores sofrem com a incerteza sobre seus pagamentos. André da Ralpnet reforçou seu compromisso em buscar soluções rápidas e viáveis para minimizar os impactos na população. Essa crise serve como alerta para a importância de gestões públicas comprometidas e transparentes. A população espera que os órgãos competentes ajam com rigor para garantir a recuperação dos recursos e a punição dos responsáveis por esse desastre financeiro.